quarta-feira, 8 de outubro de 2014

#2

Estou a trabalhar arduamente para te tirar da minha vida. É como uma frida que está a sarar, não sei quanto tempo vai demorar contudo espero estar a progredir em vez de como sempre dar um passo para a frente e cinco para trás. A cor está a mudar. Cizento. Cizento é a cor que vejo nos meus olhos ao espelho, e quando encontro os teus, vejo cizento também. Uma névoa de mágoa, não quero meter as mãos no fogo sobre a tua névoa ser de mágoa, falo da minha parte, já julguei tantas vezes sentimentos que não tinhas. Ou enganas-me bem, ou o facto de ser ingénua diverte-te. Agora está tudo tão controlado, pareço um robot... Comandado a desviar-me de todos os possíveis caminhos que dão até ti; troco de ruas; não estou muito tempo num sitío que frequentas e escondo-me de ti. Prefiro esconder-me, não quero que me veijas assim. Não quero que te cruzes comigo, isso faz-me mal. Não quero ouvir a tua voz, não te quero sentir por perto, não quero sentir o coração a saltar-me do peito. Quero ficar assim. Imovél... Intocavél...Distante... Escondida.
Gostas do que vês?
Gostas do que sobra de nós?
Gostas disto?
Já me esquecia que para ti é indiferente... Isto só acontece comigo, as saudades, a vontade de correr para os teus braços... Eu percebo, a dor fica sempre com quem amou, com quem tudo deu. Eu aceito.

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